Este guia de sobrevivência de reparos em costura aborda de
uma maneira relativamente fácil, dicas para diversas situações emergenciais
caso seu equipamento sofra alguma avaria e você seja capaz de providenciar o devido
conserto.
Possivelmente, você pode encontrar essas agulhas em armarinhos ou lojas de utilidades por um valor bem acessível (fora as duas maiores pois só encontrei com um amigo tapeceiro e decididamente não é fácil encontrá-las)
Essas pequenas ferramentas são o dobro (ou até o triplo) do tamanho das agulhas de costura regulares, mais grossas e robustas e podem fazer praticamente qualquer pessoa, um especialista na reparação e no conserto de barracas, sapatos, casacos, cobertores, colchões, cintos táticos, mochilas, calças cargo, camisas e demais "gear", bem como bainhas para facas e demais equipamentos como coletes e inclusive couro.
Então, munidos com esta variedade de agulhas e a linha especial propriamente dita, qualquer um será capaz de reparar ou mesmo reciclar quase 100% de qualquer couro e/ou tecido pesado, bem como reaproveitar tiras e material fazendo novos tecidos.
O guia de sobrevivência de reparos divide-se em três classificações:
[I] Itens em que uma agulha pode fazer novos furos (couros mais leves, tecidos, vinis, etc)
[2] Itens em que a agulha usa buracos já feitos (tecidos pesados, couro pesado e sapatos)
[3] Os itens em que novos buracos são feitos com um furador (alguns tecidos, couros e muitos tipos de conserto de sapatos)
COSTURA LEVE
Durante anos, empresas do segmento têxtil utilizam linha extra forte para costura leve. É duas vezes mais forte e durável, assim como o fio normalmente usado para costurar jeans e a maioria dos tipos de revestimentos.
Onde costuras apodreceram ou fios desfiam-se no item a ser reparado, é melhor escolher e cortar os fios soltos. Se o tecido apodreceu ou quebrou em uma costura, é melhor fazer novamente os pontos, desde que sejam ancorados na costura original, no intuito de reforçá-la. Pode-se também fazer uma costura paralela em cima da antiga costura utilizando como guia os mesmos furos.
Claro que a agulha que você usa e o tipo de reparação na costura que você faz, depende do tecido. Em geral, escolha a agulha que se encaixa no trabalho e sempre dê um nó nas pontas do fio juntos, não importa que tipo de ponto você usa, essa técnica faz uma costura durar o dobro do tempo.
Quando você estiver fazendo novos buracos no tecido, você vai descobrir que é mais seguro e mais confortável de usar um dedal de aço no seu polegar para ajudá-lo a empurrar a agulha através do tecido.
COSTURA MÉDIA
Um pouco mais difícil que a costura leve, mas que também (dependendo do material) tem um ótimo acabamento. Vamos pegar, por exemplo, o couro.
Eu não sei o tempo de vida do couro, mas se bem cuidado talvez dure de 50 a 100 anos ou mais. É por isso que, quando você encontrar artigos de couro que foram descartados, eles geralmente foram jogados fora porque a costura apodreceu.
Na maioria dos casos, os furos originais do couro ainda estão intactos e você pode fazer o item ficar praticamente novo apenas passando a agulha através deles.
Geralmente, quando o couro em bolsas, pastas, cintos e
costuras de calçados é muito grosso e forte, o único método prático de
reparação é forçar uma agulha através dos buracos de costura originais pois, se
você insistir em tentar abrir novos buracos de costura em material resistente
forçando a agulha através dele, mais cedo ou mais tarde você atravessará o seu
dedo inutilizando parte da sua mão, bem como abrir espaço para uma possível
infecção.
Então, faça direito e com segurança. As agulhas e a linha usada na costura leve pode ser usada para a costura média. Porém, há um novo fio de poliéster/algodão no mercado que acrescenta uma outra dimensão na força de trabalho na reparação de costuras médias. É uma linha dupla extra-forte e eu recomendo. Outra boa opção é comprar aqueles kits de reparação de barracas e os seladores especiais que podem ajudar em algum reparo que não seja somente barracas.
COSTURA PESADA
A costura pesada se aplica à sapatos e tende a ser muito complicada pois a maioria dos calçados utilizam cola para a junção do sapato à sola. Quando o buraco é inexistente fica muito difícil utilizar uma agulha ou mesmo reparar pela dificuldade de vazar a sola, mas se realmente é necessário, utilize um alicate de bico e esquente a ponta da agulha no fogo ou melhor ainda, faça um furador com um prego e um pedaço de madeira como mostra o desenho. É um trabalho complicado pois mesmo que a agulha passe pelo furo você terá certa dificuldade para retornar com a agulha devido a altura interna do sapato, mas se não há escolha, o negócio é meter a mão na massa com muita paciência e resiliência.
LINHAS
A linha é um item tão importante quanto a agulha, pois é ela que vai fechar a costura. De modo que é necessário alguns parâmetros como segue abaixo:
Força – A linha precisa ser tão forte quanto o tecido. Se você usar uma linha fraca em um tecido grosso, ela vai arrebentar. Um bom teste de firmeza pra linha é tentar arrebentá-la com a mão.
Resistência – Para trabalhar com tecidos finos e leves, prefira uma linha bem lisa. Para tecidos mais grossos, linhas mais grossas.
Espessura - Você vai precisar de um fio fino para tecidos delicados e um espesso para trabalhos pesados. Use linhas mais grossas também para tecidos com trama aberta, assim você tem menos risco de ter um fio puxado depois.
Elasticidade – Se o tecido que você está costurando for mais elástico, a linha vai precisar ser mais elástica também. Para testar a elasticidade de um fio, estique-o e meça com a fita ou a régua o quanto você consegue puxá-lo antes de arrebentar. Depois compare com a elasticidade do tecido.
Cor – Você pode escolher usar uma cor coordenando com as cores do tecido ou até mesmo contrastando. Depende do efeito. Agora, se o tecido tem duas cores, como xadrez ou listrado, uma dica é optar pela cor mais escura. Teoricamente, o olho humano repara mais em um detalhe claro em uma base escura do que o contrário. Usando a cor mais escura você consegue dar uma disfarçada na costura.
Alguns pontos principais:
Tecidos feitos com fibras naturais e que sejam delicados devem ser costurados com linhas de algodão; ou do contrário, as linhas sintéticas podem danificar os tecidos naturais.
Caso o tecido seja de algodão, mas seja grosso, utilize linhas sintéticas , que geralmente são mais resistentes.
Da mesma maneira , ao utilizar linhas de algodão para a costura em tecidos sintéticos , estes depois de lavados, pode ocorrer o franzimento do tecido pelo fato de a linha ter encolhido. Também pelo fato de uma maior elasticidade nos tecidos sintéticos, ao expandirem-se podem arrebentar a linha durante o uso diário.
Se o tecido tiver estrutura mais aberta em sua composição, as linhas grossas são a melhor escolha para que não se soltem e desencadeiem uma descosturamento generalizado.
Então, faça direito e com segurança. As agulhas e a linha usada na costura leve pode ser usada para a costura média. Porém, há um novo fio de poliéster/algodão no mercado que acrescenta uma outra dimensão na força de trabalho na reparação de costuras médias. É uma linha dupla extra-forte e eu recomendo. Outra boa opção é comprar aqueles kits de reparação de barracas e os seladores especiais que podem ajudar em algum reparo que não seja somente barracas.
COSTURA PESADA
A costura pesada se aplica à sapatos e tende a ser muito complicada pois a maioria dos calçados utilizam cola para a junção do sapato à sola. Quando o buraco é inexistente fica muito difícil utilizar uma agulha ou mesmo reparar pela dificuldade de vazar a sola, mas se realmente é necessário, utilize um alicate de bico e esquente a ponta da agulha no fogo ou melhor ainda, faça um furador com um prego e um pedaço de madeira como mostra o desenho. É um trabalho complicado pois mesmo que a agulha passe pelo furo você terá certa dificuldade para retornar com a agulha devido a altura interna do sapato, mas se não há escolha, o negócio é meter a mão na massa com muita paciência e resiliência.
LINHAS
A linha é um item tão importante quanto a agulha, pois é ela que vai fechar a costura. De modo que é necessário alguns parâmetros como segue abaixo:
Força – A linha precisa ser tão forte quanto o tecido. Se você usar uma linha fraca em um tecido grosso, ela vai arrebentar. Um bom teste de firmeza pra linha é tentar arrebentá-la com a mão.
Resistência – Para trabalhar com tecidos finos e leves, prefira uma linha bem lisa. Para tecidos mais grossos, linhas mais grossas.
Espessura - Você vai precisar de um fio fino para tecidos delicados e um espesso para trabalhos pesados. Use linhas mais grossas também para tecidos com trama aberta, assim você tem menos risco de ter um fio puxado depois.
Elasticidade – Se o tecido que você está costurando for mais elástico, a linha vai precisar ser mais elástica também. Para testar a elasticidade de um fio, estique-o e meça com a fita ou a régua o quanto você consegue puxá-lo antes de arrebentar. Depois compare com a elasticidade do tecido.
Cor – Você pode escolher usar uma cor coordenando com as cores do tecido ou até mesmo contrastando. Depende do efeito. Agora, se o tecido tem duas cores, como xadrez ou listrado, uma dica é optar pela cor mais escura. Teoricamente, o olho humano repara mais em um detalhe claro em uma base escura do que o contrário. Usando a cor mais escura você consegue dar uma disfarçada na costura.
Alguns pontos principais:
Tecidos feitos com fibras naturais e que sejam delicados devem ser costurados com linhas de algodão; ou do contrário, as linhas sintéticas podem danificar os tecidos naturais.
Caso o tecido seja de algodão, mas seja grosso, utilize linhas sintéticas , que geralmente são mais resistentes.
Da mesma maneira , ao utilizar linhas de algodão para a costura em tecidos sintéticos , estes depois de lavados, pode ocorrer o franzimento do tecido pelo fato de a linha ter encolhido. Também pelo fato de uma maior elasticidade nos tecidos sintéticos, ao expandirem-se podem arrebentar a linha durante o uso diário.
Se o tecido tiver estrutura mais aberta em sua composição, as linhas grossas são a melhor escolha para que não se soltem e desencadeiem uma descosturamento generalizado.
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- Todos os Direitos Reservados ao Autor Jean Steeler
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