Sobrevivencialistas - RS

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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

[ RISCO DE MAIS UM APAGÃO NO BRASIL EM LARGA ESCALA? ]



Será que amanhã passaremos a mesma situação da Argentina?

Neste cenário descrito acima, por uma série de razões, infelizmente tudo leva a crer que sim. Na Argentina assim como no Brasil, não existe planejamento. Buenos Aires e demais cidades ficaram 6 dias sem energia.

Emblemáticos bairros da capital federal, como Almagro, Flores, Palermo, Belgrano, entre outros, ficaram às escuras e sem ar-condicionado enquanto os termômetros da cidade atingem temperaturas de 36 graus - altíssimas para os costumes locais. Milhares de pessoas foram afetadas em suas casas e locais de trabalho. Comerciantes reclamam de perdas de suas mercadorias e prejuízos financeiros. Caos, violência e saques por todo lugar.


De todas as ameaças que podem acometer uma cidade, a mais provável de ocorrer é um apagão generalizado. Nossa sociedade é totalmente dependente de eletricidade, nada funciona sem ela e como as pessoas comuns são incapazes de fazer qualquer coisa sem seus instrumentos elétricos, o caos rapidamente se instala.

Ao contrário do que muitos imaginam, não é necessário um período muito grande sem energia para gerar desordem, mesmo um apagão curto de 72 horas seria capaz gerar uma situação caótica de grandes proporções, com consequências fatais. Para se criar um plano eficiente, analisemos este cenário a partir de três pontos: Causas, efeitos e o que fazer.

CAUSAS
Analisar as causas de uma ameaça é importante para verificar o risco delas se tornarem reais, um apagão pode acontecer por diversas razões, a principal delas é uma baixa no nível de água nos reservatórios das usinas, como nossa matriz energética é primordialmente hidrelétrica e não há nenhum sistema auxiliar alternativo eficiente, um ano de estiagem prolongada pode causar um grande apagão.

Em pouco mais de uma década o Brasil passou por três sérios episódios de crise de energia. No início de 2001 a população brasileira teve que adotar uma ampla e duradoura política de racionamento para evitar o risco de apagão. Em 10 de Novembro de 2009 não teve jeito; o apagão aconteceu e deixou às escuras nove estados, incluindo toda a região sudeste brasileira.

No início de 2013, mais uma crise: reservatórios extremamente baixos em pleno verão - época de maior demanda energética e agora recentemente, mais um episódio com 4 horas sem energia e com sempre, além de ser uma tragédia anunciada, nada mudou.

Mas sabem por que falta energia quando falta chuva? Porque há erro de planejamento. E sabem por que há erro de planejamento? Porque falta investimento. A falta de chuvas e a má gestão do setor energético nacional fazem o país chegar a uma situação limite: o Brasil, de tempos em tempos, é obrigado a conviver com risco de racionamento ou mesmo de desabastecimento de energia elétrica e de gás.

Quando chove pouco, as usinas hidrelétricas brasileiras geram menos energia do que são capazes, porque há pouca água disponível. Tanto em 2001 quanto em 2013, os reservatórios operaram em níveis baixíssimos — em torno de 30% do total. Para evitar apagões, as usinas termelétricas do país são ativadas e passam a operar em plena capacidade.

Essas usinas podem ser movidas a gás, carvão ou óleo. Dos três, o gás é o insumo mais barato e mais limpo, mas sua oferta no Brasil é finita. Além do produto que vem do gasoduto Brasil-Bolívia, o país ainda importa gás liquefeito, mas a Petrobras, eventualmente, encontra dificuldades em importá-lo, sendo obrigada a tirar gás dos consumidores industriais para continuar abastecendo as térmicas. Concluindo a análise, podemos ver que as possibilidades de um apagão são bastante plausíveis e já estão ocorrendo.
  
EFEITOS
Analisemos agora o cenário em si, nas primeiras horas tudo transcorreria de maneira relativamente tranquila com as pessoas aguardando o retorno da energia, se acontecer durante a tarde ou a noite as pessoas retornam para suas casas sem maiores transtornos além do trânsito caótico (quanto maior a cidade, maior o problema), mas após o primeiro amanhecer sem energia e sem informações os problemas começam a se agravar.

Alguns vão tentar voltar a sua rotina, mas como sem energia elétrica nada funciona, será impossível continuar a exercer sua função normalmente, comprar e vender se tornaria difícil pois não se poderia usar cartões; os estabelecimentos maiores e mais informatizados não abririam, então o caos começa.

Alimentação é o primeiro problema, bares e restaurantes não abrirão, a comida estocada começa a estragar, os supermercados sem poder vender começarão a ser saqueados, sem polícia para coibir crimes os homicídios e estupros serão cometidos livremente.

Hospitais não funcionarão, não haverá médicos ou enfermeiros, os remédios que necessitam de refrigeração estarão estragados, os doentes logo começarão a morrer e as vítimas da inevitável violência não poderão ser atendidas.

Isso tudo em apenas poucas horas sem eletricidade, se a situação se prolongar um pouco mais a situação pode piorar, e muito.

Sem energia o sistema de purificação e bombeamento de água fica comprometido, os estoques de água potável acabam e aí a coisa fica séria, sem água não há higiene, portanto estaríamos diante de uma emergência sanitária gravíssima, muitos adoeceriam e não teriam como se tratar, lembrando que gripes e diarreias matam por desidratação, os mortos não seriam recolhidos e muitos se recusarão a queimá-los.

Quando os alimentos começassem a acabar o nível de violência aumentaria muito, não seria mais como os saques a estabelecimentos comerciais, seria todos contra todos e enfrentar uma horda pessoas desesperadas, sujas, doentes e com fome. Você está preparado para isso?

O QUE FAZER?
Estima-se se um apagão prolongado pode matar metade da população de uma grande cidade em pouquíssimo tempo, portanto, se não queremos estar na metade dos mortos devemos tomar algumas medidas preventivas antes, durante e depois do fato.

ANTES
Faça as preparações sobrevivencialistas básicas:

- Mantenha um estoque de água, comida e combustível para o maior tempo possível.
- Mantenha um estoque de medicamentos e produtos de higiene para todos de sua família ou grupo.
- Possua meios de defesa e cultive sua habilidade em utilizá-los.
- Tenha um plano de emergência e certifique-se que todos estão cientes dele.
- Prepare um ou mais locais de refúgio caso necessite abandonar o local onde está.
- Esteja bem equipado (no caso de apagão especificamente é importante ter lanternas e carregadores de bateria a dínamo ou solares).

DURANTE
 - Reúna rapidamente seu grupo, família ou animais.
- Certifique-se que seus equipamentos estão funcionando (é sempre bom ter extras).
- Não use, nem permita que usem velas para iluminação. Se não tiver outra forma, acondicione-a dentro de um pote de vidro para evitar incêndios.
- Alimente-se primeiro com os produtos perecíveis que ainda estiverem bons para o consumo.
- Se você mora em uma cidade grande você precisa deixá-la.
- Desloque-se a noite e não pare por nada até chegar ao seu refúgio

Esses procedimentos são para aqueles que tomaram as devidas precauções antes do fato, caso você não tenha se prevenido as suas chances de sobrevivência diminuem bastante e você terá de usar a força para sobreviver a essa situação.

Caso tudo tenha saído como planejado guarde tudo em um local discreto, faça um revezamento de turnos de vigilância para proteger as pessoas e os suprimentos e comece a pensar em alternativas, lembre-se que nessa situação as leis e as normas de boa convivência não existem e portanto essa situação não é sustentável por muito tempo.

DEPOIS
Quando a energia for restabelecida não retorne imediatamente de seu refúgio, a situação demora a se normalizar (quanto maior for o tempo sem luz maior é o tempo necessário para tudo voltar ao normal).
Procure informar-se pelo rádio, pela TV, pela internet e ligando para conhecidos para ter a real dimensão dos fatos.
Quando tudo estiver seguro retorne e reconstrua o que foi destruído.


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 Créditos - Fonte: Jean Steeler, Sobrevivencialismo.50web, Notícias.

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